Classificação dos ventos e fenômenos meteorológicos de acordo com sua intensidade:
Classificação dos ventos:
Vento: termo genérico que identifica o ar em movimento,
independente da velocidade.
Brisa: é um vento de pouca intensidade, que geralmente
não ultrapassa os 50 km/h.
Monção: começa no início de junho no sul da Índia. São
ventos periódicos, típicos do sul e do sudeste da Ásia, que no verão sopram do
mar para o continente. A monção geralmente termina em setembro,
caracterizando-se por forte chuva associada a ventos.
Ciclone: Caracteriza-se por uma tempestade violenta que
ocorre em regiões tropicais ou subtropicais, produzida por grandes massas de ar
em alta velocidade de rotação. Evidencia-se quando ventos superam os 50 km/h.
Furacão: vento circular forte, com velocidade igual ou
superior a 119 km/h. Os furacões são os ciclones que surgem no mar do Caribe
(oceano Atlântico) ou nos Estados Unidos. Giram no sentido horário (no
hemisfério sul) ou anti-horário (no hemisfério norte) e medem de 200 km a 400
km de diâmetro. Sua curva se assemelha a uma parabólica.
Tufão: é o nome que se dá aos ciclones formados no sul
da Ásia e na parte ocidental do oceano Índico, entre julho e outubro. É o mesmo
que furacão, só que na região equatorial do Oceano Pacífico. Os tufões surgem
no mar da China e atingem o leste asiático.
Tornado: é o mais forte dos fenômenos meteorológicos,
menor e mais intenso que os demais. Com alto poder de destruição, seus ventos
atingem até 500 km/h. O tornado ocorre geralmente em zonas temperadas do
hemisfério norte.
Vendaval: vento forte com um grande poder de destruição,
que chega a atingir até 150 km/h. Ocorre geralmente de madrugada e sua duração
pode ser de até cinco horas.
Willy-willy: nome que os ciclones recebem na Austrália e demais países
do sul da Oceania.
Conceito de Jet Stream
A expressão Jet Stream designa o vento de grande altitude, que sopra a alta velocidade (entre os 180 e os 250 km/h, podendo mesmo atingir os 500 km/h) entre os 9 e os 15 km de altitude. O mais importante deste ventos sopra nas latitudes médias, em ligação com o frente polar e com a direção Oeste-Este.
Assista ao vídeo: http://youtu.be/6aLk6b0vNUc
Características das correntes de jatos
Correntes de Jato (ou jet streams)
Devido às grandes diferenças de temperatura entre os trópicos e os
pólos, bandas de ventos fortes de oeste se desenvolvem em altas latitudes
(geralmente 7-15km acima do solo) e em médias latitudes. O padrão não é um
fluxo uniforme oeste-para-leste mas, ao contrário, existe como um campo que
apresenta vários meandros, como se fosse um rio. Dentro dessas bandas de ventos
de oeste, zonas localizadas de máxima velocidade podem ser encontradas. Este
conjunto é frequentemente referenciado como Correntes de Jato (ou jet streams).
Duas bandas de ventos de oeste na alta atmosfera estão usualmente
presentes em cada hemisfério, entre aproximadamente 25º e 60º de latitude. A
banda que fica mais próxima dos pólos é chamada de Jato Polar (polar
jet stream), enquanto que aquela mais próxima dos subtrópicos é chamada
de Jato Subtropical (subtropical jet stream). Essas correntes de jato
são uma parte importante do sistema de troca de calor da Terra, uma vez que
ajudam na transferência do superávit de energia dos trópicos em direção aos
pólos e do excesso de frio das regiões polares em direção ao equador.
As correntes de jato são também ingredientes chave na previsão de tempo.
O jato polar marca frequentemente os limite entre o ar polar frio e o ar
subtropical mais quente. O jato subtropical usualmente separa o ar subtropical
mais frio do ar tropical ainda mais quente. Cada uma dessas regiões limites
inclui um gradiente de temperatura significante e uma grande quantidade de
energia dinâmica; portanto, as áreas que eles afetam frequentemente
experimentam padrões de tempo bastante dinâmicos. As correntes de jato também
são importantes para os pilotos por causa dos ventos fortes que podem tanto
acelerar quanto reduzir a velocidade do cruzeiro, dependendo da direção que a
aeronave está voando. Turbulência causada pelos jatos pode também afetar a
segurança da aeronave e o conforto dos passageiros.
As características das correntes de jato mudam com as estações.
No inverno, por exemplo, a corrente de jato polar no Hemisfério Norte
está normalmente localizada entre 30o N e 35oN e seus
ventos podem atingir 300km/h. No verão, contudo, a corrente de jato polar vai
muito mais para norte (aproximadamente 50oN) e os ventos atingem
apenas 160km/h.
O jato subtropical também sofre variações similares sazonais. Essas
mudanças estão relacionadas com as mudanças de estação que correspondem à forma
na qual a área de máximo aquecimento na Terra migra ao longo do ano. As
diferenças sazonais na velocidade do vento dentro das correntes de jato ocorrem
porque durante o inverno, quando o pólo está na escuridão, o gradiente de
temperatura entre a região equatorial e polar atinge o seu máximo. Durante os
meses de verão, a diferença de temperatura entre o pólo e o equador é a menor
possível e os ventos são mais fracos. Esse raciocínio vale para ambos os
hemisférios.
Assista ao vídeo: http://youtu.be/uu7I5LVrLxA
CICLONE
É
um fenômeno atmosférico em que os ventos giram em sentido circular, tendo no
centro uma área de baixa pressão. No hemisfério sul, o vento gira em sentido
horário e no norte, no sentido anti-horário.
Os
ventos de um ciclone podem chegar a 200 km/h e,
geralmente, apresentam-se acompanhados de fortes chuvas (tempestades). Estas
precipitações ocorrem, pois o ar quente se eleva, formando assim as nuvens.
Os
ciclones formam-se, geralmente, em regiões de clima tropical e equatorial, em
áreas do oceano com águas quentes.
Quando
um ciclone nasce e se desenvolve no Oceano Atlântico ele é chamado de furacão.
Quando o ciclone é formado sobre as águas do Oceano Pacífico, então é chamado
de tufão.
FURACÃO
Os furacões são fenômenos climáticos (ciclones) caracterizados pela
formação de um sistema de baixa-pressão. Formam-se, geralmente, em regiões
tropicais do planeta. São eles os responsáveis pelo transporte do calor da
região equatorial para as latitudes mais altas.
São classificados numa escala de 1 a 5 de acordo com a força dos ventos. Esta
escala é denominada Saffir-Simpson. Aquele que atinge a escala 1 possui ventos
de baixa velocidade, enquanto o de escala 5 apresenta ventos muito fortes.
Quando ganham muita força, transformam-se em catástrofes naturais,
podendo destruir cidades inteiras. Há casos em que os ventos podem
ultrapassar 200 km/h. Eles percorrem determinados caminhos, carregando
casas, automóveis e quase tudo que encontram pela frente.
Veja abaixo uma relação das áreas de maior incidência:
- Oceano Pacífico Norte Ocidental
- Oceano Pacífico Norte Oriental
- Oceano Pacífico Ocidental Sul
- Oceano Índico Norte
- Oceano Índico sudeste
- Oceano Índico sudoeste
- Bacia Atlântico norte (região do Golfo do México).
Os ventos mais fortes e impressionantes do Planeta Terra:
“Que bons ventos o trazem!” é a
expressão que simboliza a importância dos ventos na nossa vida.
Foram eles os grandes responsáveis pelas expedições
marítimas que descortinaram o novo mundo e graças à sua ação a floresta
amazônica é fertilizada com infusórios vindos da África. Assim como eles
podem trazer alegria e bem-estar, também podem provocar angústia e tristeza.
Então, não se pode pensar que apenas marinheiros e aeronautas sejam afetados
diretamente pelos vários tipos de vento, pois toda a criatura humana é
permanentemente refém dos seus efeitos.
Harmatão
O maior deserto do planeta também é responsável por grandes ventos. O maior deles, sopra a o oeste de dezembro a fevereiro e, graças à sua intensidade e altitude, carrega as poeiras saarianas até ao Caribe e à Amazônia. Em sua passagem por Cabo Verde, o jovem
Charles Darwin muito se impressionou com a “Bruma Seca” que tomou conta do céu e cobriu o navio de uma areia finíssima.
Bora
É um vento de origem catabática. O Bora assola os
Bálcãs durante os meses de inverno quando as massas de alta pressão de intenso
frio polar se instalam nos Alpes e provocam uma descida rápida do vento em
direção ao mar Adriático, varrendo Croácia, Itália, Grécia, Turquia, etc.
Minuano
O vento de origem polar que sopra do quadrante
sudoeste no Rio Grande do Sul durante o inverno produz a sensação expessa em
gauchês "faz frio de renguear cusco".
Logicamente este vento não é
um dos mais famosos do mundo, mas ele está aqui porque para mim, que o
enfrentei na carne e ossos durante a vida inteira, é como se fosse, por ser
palpável e “ sensível”. A foto foi tomada nas águas do Lago Guaíba próxima
às margens da cidade de Porto Alegre. Note como as águas do rio se encrespam
com o vento que os voadores de paraglider também chamam de “oestão”.
Mistral
Vento forte de origem ártica que sopra do norte no hemisfério norte.
Nasce em zonas de alta pressão polares na península nórdica e se precipita pelo
vale do Reno até o Mar Mediterrâneo.
Föhn
Este também é um vento de origem catabática comum
nas zonas localizadas à sotavento dos Alpes. Ele é seco e quente e famoso
por provocar derretimento rápido da neve.
Muitas lendas cercam este vento, que é acusado de
provocar comportamentos bizarros nas pessoas. Ele é chamado de vento das bruxas
e quando sopra, aumenta os casos de brigas familiares, suicídios, assassinatos,
acidentes de trânsito e até desastres aéreos. Em Munique, e em muitas
localidades ao norte dos Alpes Suíços, cirurgias e julgamentos são cancelados
quando há previsão do vento Föenh.
Sirocco
O mais impressionante vento do mundo é sem dúvida o Sirocco que levanta as areias quentes dos desertos Saara e Arábico em grandes nuvens e as precipita Mediterrâneo adentro em direção a norte-nordeste. O Sirocco chega à Europa graças às zonas de baixa pressão que se formam no Mediterrâneo durante o outono e primavera. Pela foto tomada de um calmo balneário da costa grega se pode depreender a força das areias do deserto que chegam tomando conta de tudo. Assim, ao invés da clássica paisagem grega com seu casario pintado de branco emoldurado pelo céu azul, vê-se uma paisagem quase marciana açoitada por ventos de mais de 100 Km/h.
O vento mais forte do Planeta!!!
A
mais forte rajada de vento não tornádica (que não procede ou é
desencadeada por tornados, furacões, tufões) foi registrada no cume do Mount
Washington, Nova Hampshire, Estados Unidos, em 12 de abril de 1934, com ventos
de 372 km/h.
O vento mais forte já registrado na superfície do Planeta Terra e que não foi resultado de um furacão, aconteceu no dia 10/04/1934 no topo do Monte Washington, no estado de New Hampshire, EUA. Não é à toa que este lugar é reconhecido como possuidor do pior clima do mundo, onde um corajoso time de cientistas trabalha num observatório astronômico e climático.
O Monte Washington, com 1.917 metros de altitude no topo, é uma montanha estadunidense, e o ponto mais alto do estado de Nova Hampshire e do nordeste do país. Geograficamente constitui o ponto mais alto das Montanhas Brancas.
A maior parte do monte fica no Parque Estadual do Monte Washington e na Floresta Nacional da Montanha Branca. O topo fica no Condado de Coos.
O monte é famoso pelas suas condições atmosféricas muito perigosas, tendo o recorde de rajada de vento mais forte jamais medida na superfície da Terra, com 372 km/h na tarde de 12 de abril de 1934 (algumas medições de maior força de vento ocorreram em tornados, mas não foram medidas à superfície da Terra). O seu recorde de temperatura é de −45.6 °C, e o recorde de valor mais baixo para sensação térmica causada pelo vento é de −75.0 °C. A estação meteorológica no topo tem de estar acorrentada ao chão.
Estação meteorológica no topo do Monte Washington, acorrentada ao chão por causa dos fortíssimos ventos quase constantes.
Era conhecido como Agiocochook, ou "casa do Grande Espírito", antes da chegada dos colonizadores europeus.
Dispõe de uma ferrovia de cremalheira até o topo, a Mount Washington Cog Railway, que vence um declive médio de 25% e máximo de 37.41%. Tem 4,8 km de extensão, subindo a 4,5 km/h e descendo a 7,4 km.
Fonte: Lia Nagel. Isaías Malta; Google
Por uma observação de um seguidor, eu reeditei esse post. Queria deixar mais claro que quando menciono sobre o vento mais forte do planeta, eu estou me referindo a ventos que não são prevenientes de tufões, tornados ou furacões!!! Obrigada pelos comentários!
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