O Sorriso e a Saúde Bucal
O sorriso é um ato de mover os
lábios com alegria, com satisfação.
O sorriso é uma expressão
agradável.
O sorriso é uma das expressões
mais da alma, da nossa essência.
O sorriso é uma porta aberta de
nossas emoções, sensações, sentimentos.
O sorriso pode indicar júbilo,
excitação, consentimento, agrado, prazer.
O sorriso é um gesto de ternura e
contentamento que inebria, ilumina, seduz.
O sorriso tem o poder de quebrar
barreiras que vão da rudeza à timidez.
Quem não quer ter um sorriso
lindo e atraente de causar inveja e de despertar atenção e interesse do outro?!
Para que você possa causar esse
efeito radiante quando sorrir, precisa ter muitos cuidados básicos e constantes
com sua higiene bucal.
A boca cumpre um papel essencial
em nossa vida social e profissional, em todos os nossos relacionamentos
cotidianos. A boca é como se fosse uma “linha de fronteira” entre nosso
organismo, o meio ambiente e as pessoas que vivem ao nosso redor.
Concomitantemente com os dentes,
eles formam o “cartão de visitas” de qualquer pessoa.
Mas não basta ter um sorriso e
dentes bonitos, perfeitos se não adotar medidas preventivas e adicionais
ligadas à saúde bucal.
Saúde bucal compreende: boca
(incluindo a língua e as paredes da cavidade bucal) e dentes saudáveis, bom e
puro hálito (sem halitose = mau hálito), boa mastigação, boa aparência bucal,
hábitos diários de higiene.
Observação importante: a saliva é um fluido
formado por 99% de água, que contém amilase – enzima digestiva que decompõe o
amido contido nos alimentos –, sais minerais e uma gama de microrganismos,
muitos deles causadores de doenças.
Hábitos saudáveis e preventivos
de higiene são extremamente importantes, indispensáveis para a manutenção da
sua saúde, de modo geral. Isso engloba um verdadeiro leque que abrange todos os
seus hábitos diários, suas rotinas, seus relacionamentos interpessoais e todo
meio ambiente em que vive.
A saúde bucal também é uma
questão de saúde pública.
Lia Nagel
Lia Nagel
Cuidados com a saúde e higiene
bucal
Existe uma variedade de cremes
dentais no mercado, entretanto, prefira as que contém flúor para remover a
placa bacteriana, principal causa da gengivite e das cáries.
Não use creme branqueador de dentes sem
falar com seu dentista. Por vezes esses cremes podem nem funcionar e ainda,
podem desgastar
o esmalte do dente, causando diversos problemas, inclusive a cárie.
A escolha da escova de dente
Em relação à escolha da escova de dente
adequada para você, dê preferência a uma escova de cerdas macias e
cabeça pequena. Essas são mais ideais para uma correta higienização
dos dentes, pois irão se encaixar mais facilmente entre os dentes.
Outra forma de garantir uma boa escovação é
utilizando as escovas elétricas, as quais só devem ser utilizadas com
orientação e indicação do dentista.
Escove os dentes, no mínimo, três vezes ao dia,
após cada refeição e, principalmente antes de deitar. Para
evitar o envelhecimento dos dentes e problemas com o seu sorriso é necessário
escová-los dez minutos após cada refeição.
Use pouco creme dental. Não
é necessário usar
em excesso a pasta de dente. Ela ajuda na limpeza dos dentes, mas é mais
importante escovar os dentes três vezes, com menos pasta, do que escovar apenas
uma vez com um monte de pasta.
Ao escovar os dentes, tenha muito
cuidado. Evite escovar com muita força porque pode desgastar a camada
translúcida de esmalte, e assim deixar a mostra a camada inferior, a dentina.
Escove os dentes na medida certa
e através de movimentos circulares para a realização da limpeza. Faça movimento
de varredura com a escova, iniciando-os da gengiva a até a extremidade de todos
os dentes. Remova todo o excesso de alimento que se acumula entre a gengiva e
os dentes, e entre os dentes. Em seguida, faça o movimento de varredura na face
interna dos dentes.
Não se esqueça de escovar a língua, local em que se
encontra a maior parte dos micro organismos principalmente os responsáveis pelo
mau hálito.
Uma boa escovação dura em média 2 minutos.
Uso de enxaguatório bucal,
anti-séptico bucal ou
antimicrobianos bucais

É bom destacar que eles devem ser
coadjuvantes na higiene bucal e nunca substitutos da escovação e do uso do fio
dental.
Utilize para bochechar, mas
não deve ser usado frequentemente. Use por períodos curtos, no máximo, três
meses, porque tendem a ressecar a mucosa e alterar o ph da flora bucal.
O anti-séptico bucal é um
complemento importante para atenuar o mau hálito, contudo essa não é sua
principal indicação. Ele serve como auxiliar para se evitar a formação de placa
bacteriana e o acúmulo de tártaro nos dentes, prevenindo cáries, e previne infecções
nas gengivas.
O uso é somente recomendado para
adultos.
Evite o uso de anti-séptico bucal
de composição alcoólica, que não agridem a mucosa bucal. . Dê preferência
aos sem álcool, com ingredientes ativos à base de cetilpiridínio ou triclosan
adicional do flúor.
Uso do fio ou fita dental
O uso do fio dental diariamente antes da escovação
dos dentes é um excelente auxiliar para retirar os restos de alimentos que, por
muitas vezes, a escova não consegue retirar, pois muitos resíduos ficam
“escondidos” entre os dentes. Preferencialmente, o uso deve ser feito pelo
menos uma vez ao dia, antes de dormir.
Visita regular ao dentista
De seis em seis meses é o intervalo ideal para
consultar o dentista.
Essa consulta periódica serve para a realização de
limpeza geral dos dentes, retirando as placas bacterianas, o tártaro e cáries
quando houver.
Além dessas visitas periódicas para manutenção,
procure o dentista se notar alguma alteração nos dentes ou sentir alguma dor.
A prevenção da saúde bucal é a melhor atitude.
Se surgir algum problema, vá imediatamente fazer um
tratamento!
Não adie!
Problemas que podem surgir:
Sangramento gengival:
Não ignore o sangramento na hora do uso do fio
dental ou na escovação. Isso se deve a uma inflamação da gengiva
(gengivite), causada pela placa bacteriana, uma película esbranquiçada que
se desenvolve com o acúmulo dos micro organismos dos alimentos em decomposição.
Isso ocorre devido à limpeza mal feita dos dentes. O acúmulo de placa
bacteriana deixa a gengiva inflamada, inchada e, por vezes, apresenta
sangramento.
É importante realizar exames regulares, de seis em
seis meses, e a limpeza dos dentes em consultório, assim como a higiene bucal
em casa.
Periodontite:


A gengivite, sem tratamento, pode levar a uma forma
mais grave do problema – periodontite. É quando afeta as outras
estruturas de suporte dos dentes, principalmente o osso e o ligamento
periodontal que o une ao dente. Formam-se bolsas entre os dentes e a gengiva,
difíceis de higienizar, o que permite a progressão da doença, podendo ocasionar
a perda do dente.
Clareamento dos dentes:

Uma boa limpeza no dentista remove a maior parte
das manchas externas causadas pelos alimentos. Aliada ao uso de um creme dental
branqueador também pode ajudar a remover essas manchas. Mas não deixe de
consultar seu dentista para indicar o mais adequado creme dental para seu caso.
Outro método, mais profundo e de média a longa
duração, é o clareamento feito pelo próprio dentista ou especialista, com uso
de técnicas e produtos especiais. O resultado é extremamente satisfatório!
Exige manutenção e cuidados.
Tratamento ortodôntico:

Nada melhor do que ter os dentes alinhados, com
formas e tamanhos corretos para tornar seu sorriso mais bonito e perfeito!
Se for o seu caso, não adie mais a ida a um
especialista ortodôntico para corrigir seu sorriso. Quanto antes iniciar o
tratamento mais rápido são os resultados. O tratamento já pode ser iniciado aos
seis anos de idade; com isso os resultados aparecem mais rapidamente e são mais
eficientes.
Na idade adulta, o tratamento pode ser um pouco
mais demorado, justamente porque a arcada dentária já está formada. Mas, com as
técnicas e opções avançadas de hoje em dia, é possível terminar um tratamento
em menos de um ano.
Existem, também, opções de tratamento ortodôntico
mais discretos e igualmente eficaz, para as pessoas que não querem expor o
aparelho, que são os aparelhos dentais invisíveis, colocados atrás dos dentes
com uma espessura muito fina, que não atrapalha a fala.

Mulheres gestantes
Um check-up odontológico deve estar na lista dos
procedimentos a serem tomados assim que a mulher começar a planejar a gestação.
O dentista vai realizar todos os tratamentos necessários para evitar a
necessidade de procedimentos odontológicos de emergência durante a gravidez.
Também passará as recomendações de cuidados orais específicos, principalmente a
manutenção diária de uma boa higiene oral e de uma dieta adequada. Inúmeros
estudos científicos já comprovaram que a gengivite e a periodontite estão
associadas a riscos durante a gravidez, principalmente por favorecerem o parto
prematuro.
Para as pessoas da terceira idade

Idosos podem sofrer mais com sensibilidade, já que
é normal haver uma retração da gengiva, que expõe áreas do dente não protegidas
pelo esmalte dental. Essas áreas podem ser doloridas quando atingidas por
alimentos e bebidas quentes ou frios. Se os dentes estiverem muito sensíveis, o
recomendado é usar creme dental apropriado e, se o problema persistir,
consultar o dentista, pois a sensibilidade pode indicar um problema mais sério,
como cárie ou dente fraturado.
O que você come também pode influencia na sua saúde bucal.
Alimentação:
Evite o
consumo exagerado e diário, associado a uma má higiene, de alimentos e bebidas
com adição de corantes e cafeína (café, chocolate,
refrigerante, chá preto, feijão preto, etc). Estas substâncias em contato com
os dentes por um longo período podem amarelar, escurecer ou até mesmo manchar
os dentes, além de contribuírem para a formação da placa bacteriana, que
destrói o esmalte do dente. Alimentos ácidos como refrigerante à base de
cola, mesmo Diet ou Zero, vinho tinto, vinagre e frutas cítricas, como limão e
laranja também desgastam o esmalte dos dentes.

Evite consumir açúcar em excesso.
Ele é o principal vilão dos dentes saudáveis já que estimula o
aparecimento das cáries e prejudica a dentição. Alimentos doces: eles não
devem ser ingeridos à noite. Eles alteram o nível do ph da saliva, tornando o
ambiente mais ácido, propenso ao crescimento da bactéria da cárie.
Os doces devem ser ingeridos, no máximo, uma vez ao dia. É
melhor ingerir 500 gramas de doce de uma vez do que ingerir 100 gramas cinco
vezes ao dia, porque ao ingerir mais vezes, o ph salivar não tem tempo de
voltar ao normal, o que torna a flora bucal mais propensa à cárie.
Evite
mastigar chicletes, pois estas guloseimas desgastam os dentes, o que pode fazer
com que os dentes sofra redução de tamanho.

Muita atenção para o vício do cigarro (tabagismo) e o consumo
de álcool, outros responsáveis pelos dentes escurecidos, amarelados.
Além de causarem outros problemas sérios à saúde, o hábito de fumar e de
consumir bebidas alcoólicas acarreta extremo mau hálito, problemas como
gengivite e câncer.
Higiene
oral para fumantes:
Fumar
prejudica a chegada do fluxo sanguíneo aos tecidos periodontais, impedindo a
formação de células de defesa imunológica e a proteção contra as bactérias
periodontais. O fumo inibe a recuperação dos tecidos gengivais após alguma
cirurgia e o fumante precisa o dobro dos cuidados com a higiene oral. Escovar
os dentes logo após as refeições e acender o cigarro somente após a higiene
oral diminui o acúmulo de nicotina nos dentes. A visita ao dentista, para
limpeza, deve ser de três em três meses.

Alimentos
que colaboram para a saúde de seus dentes:

Dê
preferência aos alimentos ricos em cálcio.
Amêndoas,
brócolis, couves e laticínios são ricos em cálcio. Esse mineral é essencial
para a manutenção dos dentes mais fortes.
Chá
verde e romã possuem catequinas. Os polifenóis do chá verde impedem a aderência
das bactérias causadoras das cáries.
Aipo,
brócolis, folhas verdes e cenoura são alimentos repletos de fibras insolúveis e
esse tipo de fibra pode remover as partículas dos alimentos depositadas entre
os dentes.
Feijões,
laticínios e ovos contêm lisina, um anticorpo natural. A deficiência desse
aminoácido (lisina) está associada à aparição das aftas.
As
frutas silvestres e cítricas, e o pimentão possuem vitamina C, que além de
ajudar na cicatrização bucal, essa vitamina é um componente vital do tecido
conjuntivo dos dentes e dos ossos.
Inclua sempre no seu cardápio alimentos como a maçã e a
cenoura que são adstringentes e ajudam a clarear os dentes.
Mascar chicletes sem açúcar estimula a secreção da saliva e
ajuda a limpar os dentes.

Importante: A
genética influi em um belo sorriso, porém, maus hábitos na infância, como o uso
de chupeta, e na fase adulta, como o tabagismo e o consumo de álcool,
associados à má higiene também podem ser prejudiciais na busca de um sorriso
perfeito. Para que os dentes do bebê cresçam saudáveis, controle o uso de
mamadeiras e chupetas e evite a mamadeira noturna, para que a criança não durma
sem a higiene oral adequada.
Uma
receita caseira básica (Made in Índia) para o bom hálito e gengivas saudáveis
Após a
limpeza da boca, da língua, dos dentes e da gengiva, deve-se mascar um pedaço
pequeno de gengibre (Zingiber officinale, que apresenta propriedades
antiinflamatórias e digestivas) e um cravo-da-índia (Syzygium aromaticum,
poderoso anti-séptico, bastante utilizado na Odontologia) durante cinco
minutos. Logo após, jogar fora e fazer um bochecho com água fria. O odor do
cravo com o gengibre é agradável, o que ajuda a liberar serotonina, neurotransmissor
responsável pelo bem estar e prazer.
A
Echinacea purpurea (equinácea) e a Uncaria tomentosa (Unha-de-gato) têm
demonstrado ser muito efetivas no combate do herpes. Num estudo envolvendo 500
pacientes tratados com equinácea, houve 100% de melhora do quadro.
BOCA:
PORTA DE ENTRADA DE MUITAS DOENÇAS
O
contágio, contaminação ou infecção ocorre quando fluídos de risco se alojam no
sangue infectado ou na saliva de uma ferida bucal.
Uma das
maiores preocupações dos dias atuais é a proliferação das Doenças
Sexualmente Transmissíveis (DST's) pelas vias orais (boca, língua e lábios).



Observa-se
que as práticas sexuais têm incluído a participação ativa da boca nas relações
íntimas e, muitas das DST's, se manifestam na cavidade oral.


Com
isso, a boca não é mais um sítio preferencial ou a porta de entrada de certas
doenças como a cárie; a gengivite; doenças de caráter respiratório como gripes;
ou relacionadas à garganta, como laringite, faringite ou amigdalite.



A boca pode ser afetada por doenças localizadas (que só afetam uma zona específica do organismo) – é caso de algumas infecções e feridas. Mas também as doenças sistêmicas (que afetam o organismo em geral) podem causar alterações na boca. Outras condições patológicas, também de caráter infeccioso, podem se originar na cavidade bucal, sendo imprescindível dar a máxima atenção para possíveis manifestações bucais de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's).

A boca pode ser afetada por doenças localizadas (que só afetam uma zona específica do organismo) – é caso de algumas infecções e feridas. Mas também as doenças sistêmicas (que afetam o organismo em geral) podem causar alterações na boca. Outras condições patológicas, também de caráter infeccioso, podem se originar na cavidade bucal, sendo imprescindível dar a máxima atenção para possíveis manifestações bucais de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST's).

A
seguir, eu criei quadros bem resumidos das principais doenças que pode ter seu
gêneses na cavidade bucal.
Veja!
DOENÇAS QUE PODEM SER TRANSMITIDAS PELO
CONTATO BUCAL
(Elaborado pelo Conexão Lia Nagel)
|
||
CÁRIE DENTAL
|
Doença infectocontagiosa causada por bactérias como
Streptococcus mutans, que provoca a desmineralização do esmalte do dente,
ocasionando destruição localizada, progressiva e irreversível.
|
|
GENGIVITE
|
Inflamação da gengiva, causada por bactérias (placas),
que pode se agravar e atingir o osso alveolar, o qual envolve e mantém os
dentes firmes. Tem-se observado o aumento do número de casos de gengivite. É
de se crer que, além da ausência de cuidados com a higiene bucal, a prática
do “ficar”, muito comum entre os jovens e adultos de hoje, esteja
contribuindo para isso.
|
|
GRIPE
|
Doença infecciosa muito contagiosa, quase sempre
epidêmica, devido a vários vírus do grupo Myxovirus influenzae.
|
|
FARINGITE
|
Inflamação da faringe, região situada entre as amígdalas
e laringe (onde se forma a voz), pode ser causada por vírus e bactérias.
|
|
LARINGITE
|
Inflamação aguda ou crônica da laringe (onde estão as
cordas vocais), causada por vírus e também bactérias.
|
|
AMIGDALITE
|
Inflamação das amígdalas, geralmente provocada por uma
infecção estreptocócica (bacteriana) ou, com menos frequência, por uma
infecção viral.
|
|
MONONUCLEOSE
|
É uma doença de progressão benigna e muito comum; 79% dos
casos são causados pelo vírus Epstein-Barr, e 21%, pelo Cytomegalovirus,
ambos transmitidos pelo beijo, saliva e troca de outras secreções.
Caracteriza-se por febre, aumento do número de monócitos (glóbulos brancos)
no sangue, angina (sensação de angústia, opressão torácica, devido a um
fornecimento insuficiente de oxigênio ao coração), aumento do volume do baço,
erupções cutâneas, etc.
|
|
HEPATITE A E B
|
Infecção inflamatória do fígado. Há risco de transmissão
do tipo B da doença, caso haja lesões e feridas na mucosa bucal. O tipo A é
transmitido por fezes e o tipo C, apenas por agulhas. A vacinação pode
prevenir a doença.
|
|
URETRITE
|
Inflamação da mucosa da uretra.
|
|
MENINGITE
|
Inflamação das meninges (conjunto das três membranas que
envolvem o eixo cérebro-espinhal). Pode ser cerebral, espinhal ou
cérebro-espinhal, de origem bacteriana, tóxica, parasitária ou secundária a
diversas doenças.
|
|
TUBERCULOSE
|
Doença infecciosa e contagiosa causada pelo Mycobacterium
tuberculosis (bacilo de Koch). As regiões atingidas pela tuberculose oral
envolvem, usualmente, a língua, mandíbula, maxila, lábios, processos
alveolares, gengiva e mucosa jugal (mucosa da
parte posterior do vestíbulo, correspondente à região das bochechas e ao
nível dos molares e pré-molares), podendo também atingir a região da
faringe, amígdalas e cavidade nasal.
|
|
DOENÇAS
SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (DST’s)
|
||
HERPES
|
Os herpes e uma afecção cutânea aguda causada
pelo vírus Herpes simplex, que se manifestam na boca como uma ou várias
vesículas cheias de líquido (bolhas), podem ser do tipo I – Herpes bucalis ou
do tipo II – Herpes genitalis, os dois tipos associados ou separados, podem
se manifestar na boca e na genitália após aproximadamente 14 dias do
contágio, sendo que a manifestação do H. genitalis no lábio é mais dolorida
do que a do H. bucalis. Acometem a boca toda, os lábios, faringe, língua,
palato e tonsilas. Os sintomas do herpes oral incluem febre, cansaço, dores
musculares e irritabilidade. Bolhas doloridas aparecem nos lábios, gengivas,
na parte anterior da língua, no interior da bochecha, garganta e do palato.
Estas vesículas podem inchar e arrebentar, resultando em sangramento. O
Herpes oral torna difícil para o paciente o ato de se alimentar, beber e
falar, sendo uma doença altamente contagiosa que pode se propagar de pessoa
para pessoa quando as bolhas entram em erupção. Muitas vezes, esta infecção
está associada à ocorrência de febre alta e baixa resistência imunológica.
|
|
CITOMEGALOVÍRUS |
Pertencente à família dos herpes vírus,
assim como a herpes e a catapora, possui sintomas parecidos com os da
mononucleose. No entanto, se a pessoa não estiver com a imunidade baixa, pode
ser assintomática. Em alguns casos, pode comprometer o sistema digestivo, o
sistema nervoso central e a retina. Além da saliva, pode ser transmitida
também por tosse, espirro, por relação sexual sem proteção e transfusão de
sangue.
|
|
CANDIDÍASE
|
“Sapinho” como é chamado popularmente,
é causada por um fungo chamado Candida albicans, que pode ser transmitido por
um beijo e por uma relação buco-genital desenvolvendo a doença. Caracteriza-se por áreas brancas na mucosa que, quando
raspadas, deixam a região vermelha e sangrante.Esta
doença se manifesta na forma de um creme que é facilmente removido. Na boca a
maior freqüência é no ângulo do início da comissura bucal e na bochecha. Sua
manifestação é facilitada pela utilização exacerbada de antibiótico o que
favorece o desenvolvimento da microbiota fúngica. As manifestações fúngicas
também são facilitadas pela quebra da homeostase do organismo por doenças
debilitantes.
|
|
HPV (VÍRUS DO
PAPILOMA HUMANO)
|
Nome genérico de um grupo de vírus
que engloba mais de 200 variações diferentes e provoca a formação de verrugas
na pele, e nas regiões oral (lábios, boca, cordas vocais, etc.), anal,
genital e da uretra. A infecção causada pelo HPV pode ser assintomática ou
provocar o aparecimento de verrugas com aspecto parecido ao de uma pequena
couve-flor na pele e nas mucosas. Se a alteração nos genitais for discreta,
será percebida apenas através de exames específicos. Se forem mais graves, as
células infectadas pelo vírus podem perder os controles naturais sobre o
processo de multiplicação, invadir os tecidos vizinhos e formar um tumor
maligno como o câncer do colo do útero e do pênis. Sua principal forma de
transmissão é por via sexual. Considerada uma das mais frequentes das doenças
sexualmente transmissíveis.
|
|
SÍFILIS
|
É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Podem se
manifestar em três estágios. Os maiores sintomas ocorrem nas duas primeiras
fases, período em que a doença é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não
apresentar sintoma e, por isso, dá a falsa impressão de cura da doença. Todas
as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste para diagnosticar a
sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis congênita pode causar aborto,
má formação do feto e/ou morte ao nascer. O teste deve ser feito na 1ª
consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e no momento do parto
(independentemente de exames anteriores). O cuidado também deve ser especial
durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira, surdez e
deficiência mental. A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra
durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue
contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O
uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento
durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se
contra a sífilis. Os primeiros sintomas da doença são
pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que
surgem entre a 7 e 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado. A
ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo
sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a
pessoa continua doente e a doença se desenvolve. Ao alcançar certo estágio,
podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda
dos cabelos. Após algum tempo, que varia de pessoa para pessoa, as manchas
também desaparecem, dando a ideia de melhora. A doença pode ficar estacionada
por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como
cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo,
inclusive, levar à morte.
|
|
GONORRÉIA
OU BLENORRAGIA
|
A gonorréia é causada pela bactéria
Neisseria gonorrea e pode sim ser adquirida do trato/contato genital e
urinário pelo meio bucal, causando uma infecção que acomete a boca, faringe e
tonsilas palatinas. Caracteriza-se por uma inflamação das
vias geniturinárias (relativo às funções de reprodução e de eliminação de
urina), com corrimento purulento e dores à micção. Apresenta vermelhidão,
ardência e prurido na mucosa. Raramente fazem feridas. .É uma
doença que pode causar irritação, supuração, mal estar e febre. De acordo com
a literatura a mesma pode desaparecer sozinha, após no máximo 3 meses da
infecção.
|
|
CANCRO
MOLE
|
Pode ser chamado de cancro venéreo, mas
seu nome mais popular é “cavalo”. Provocado pela bactéria Haemophilus ducreyi, é mais frequente
nas regiões tropicais, como o Brasil. A transmissão ocorre por relações
sexuais principalmente ora-anais, ora-genito-anais e ora-genitais. com uma
pessoa infectada, sendo o uso de preservativo a melhor forma de prevenção.
Aparece de 1 a 4 dias após o contacto sexual com a pessoa infectada. Os primeiros sintomas - dor de cabeça, febre e fraqueza -
aparecem de dois a 15 dias após o contágio. Depois, surgem pequenas e
dolorosas feridas com pus nos órgãos genitais, que aumentam progressivamente
de tamanho e profundidade. A seguir, aparecem outras lesões em volta das
primeiras. Após duas semanas do início da doença, pode aparecer um caroço
doloroso e avermelhado na virilha (íngua), que pode dificultar os movimentos
da perna de andar. Esse caroço pode drenar uma secreção purulenta esverdeada
ou misturada com sangue. Nos homens, as feridas aparecem na cabeça do pênis
(glande). Na mulher, ficam na vagina e/ou no ânus. Nem sempre, a ferida é
visível, mas provoca dor na relação sexual e ao evacuar.
|
|
HIV
(Vírus
da Imunodeficiência Humana)
|
O Departamento de
Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de
transmissão do vírus HIV, causador da AIDS (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida), através do beijo da boca (http://www.cdc.gov/hiv/resources/qa/qa17.htm) caso existam feridas ou sangramento
na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente
é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais
ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o
risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão
bucal ou corte.
|
|


ALGUMAS
OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES
|
||
SEXO ORAL
|
PREVENÇÃO
|
EXEMPLOS DE
TRATAMENTOS
|
Atualmente, ainda são os
homens que detém a maior prevalência de doenças sexualmente transmissíveis,
mas as mulheres a cada dia vêm apresentando maior freqüência. Isto não se
deve a susceptibilidade e sim a um maior comportamento de risco em
relacionamentos sexuais.
O contágio ou infecção se dá
por contato sexual direto, por meio das relações bucais, também conhecidas
como sexo oral, ocorrendo então, por relacionamentos sexuais buco-genitais,
buco-anais e buco-genito-anais, como também podem ocorrer tão somente pelas
relações buco-bucais. São mais susceptíveis aqueles que têm sangramentos
gengivais, ulcerações bucais e lesões nos tecidos epiteliais da boca ou
ora-faringe, associados a uma má higiene bucal.
A transmissão de doenças
sexualmente transmissíveis pela realização do sexo oral ocorre principalmente
quando o parceiro tem feridas abertas na região genital, que são muitas vezes
não percebidas. Pode-se também adquirir a infecção através do sexo oral se
ele tem alguma lesão ou cortes na língua, gengivas ou na boca, também muitas
vezes não percebidas. O risco de transmissão também pode aumentar devido a
certas atividades realizadas antes ou depois do sexo oral. Estas incluem
escovar os dentes, utilizar fio dental, mastigar alimentos ou qualquer tipo
de trabalho odontológico realizado. A infecção também pode se espalhar devido
à partilha de colheres, copos, escovas, toalhas e até lenços infectados.
|
O relacionamento sexual
seguro, sempre deve ser com preservativo e uma excelente higiene bucal,
devemos ainda enfatizar que é fundamental uma excelente higiene bucal, por
meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e cremes dentais que
contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como co-adjuvantes enxaguatórios
bucais com formulação anti-séptica sem álcool. Estes procedimentos citados
são a melhor forma de prevenção das Doenças Bucais Sexualmente
Transmissíveis.
Uma higiene eficaz corpórea e
uma higiene bucal adequada são formas de evitar o estabelecimento de doenças
por ulcerações e lesões do tecido epitelial; os controles periódicos em
consultórios odontológicos e médicos; uma vida regrada sem o risco de sexo
inseguro e com o mesmo parceiro/a.
A higiene bucal é condição
indispensável para a manutenção da saúde bucal e todos os produtos que
pudermos lançar mão para a não ulceração e para a promoção da saúde serão bem
vindos. Os anti-sépticos bucais sem álcool e a base de clorhexidina são
coadjuvantes no controle das infecções como as doenças periodontais,
portanto, ajudam a evitar ulcerações e exposição de tecido conjuntivo. A
higiene bucal é a forma mais simples, mais barata e segura de prevenção para
inúmeras doenças, cuja porta de entrada é o meio bucal, principalmente quando
ulcerado.
|
* Herpes Bucal I e II –
Tratamentos mais comuns: Auto-vacinas e Antivirais existentes no mercado como
o aciclovir, podem ser utilizados produtos anestésicos locais.
* HPV Bucal – Identificação
com lupa e remoção cirúrgica das verrugas ou Quimiocirurgia ou Eletrocirurgia
das lesões, já existem vacinas para mulheres moças e é fundamental a
manutenção de uma boa higiene bucal.
* Gonorréia ou Blenorragia
Bucal – A gonorréia bucal geralmente se cura espontaneamente com uma boa
higiene bucal, porém pode haver a necessidade de que sejam utilizados
antibióticos específicos para essas bactérias Gram negativas.
* Cancro Mole – O tratamento é
dado por antibióticos específicos para o microrganismo Haemophyllus ducrei e
uma boa higiene bucal.
* Sífilis com manifestação
bucal – Causada por uma bactéria Treponema pallidum tem como tratamento a
antibioticoterapia, normalmente à base de Penicilina Benzatina e uma boa
higiene bucal.
* Candidíase Bucal – “Sapinho”
o tratamento é uma boa higiene bucal, com remoção do creme fúngico e caso a
formação de colônias fúngicas permaneçam, ministrar fungicidas locais e
sistêmicos. O iogurte é uma excelente indicação para alterações fúngicas na
boca, pois os Lactobacilos concorrem e matam os fungos causadores das
candidíases.
* AIDS ou SIDA – A Síndrome da
Imuno Deficiência Adquirida é tratada com o coquetel à base de AZT e esta
indicada a boa higiene bucal.
Vale lembrar que cada caso
deverá ser analisado separadamente e a propedêutica medicamentosa para o
tratamento da lesão em questão caberá tão somente, ao profissional, após o
diagnóstico, o prognóstico e a determinação do plano de tratamento.
|
Concluindo:
O relacionamento sexual seguro, sempre deve ser com preservativo, devemos
ainda enfatizar que é fundamental valorizar a manutenção de uma excelente
higiene bucal, por meio da escovação, utilização do fio dental corretamente e
cremes dentais que contenham formulação anti-séptica, além de utilizar como
co-adjuvantes enxaguatórios bucais com formulação anti- séptica sem álcool,
para que não existam úlceras e sangramentos gengivais ou das mucosas bucais.
Estes procedimentos citados são a melhor forma de prevenção das Doenças
Bucais Sexualmente Transmissíveis – DSTs.
|

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
|
Os beijos sociais (beijo seco, de
boca fechada) são seguros (risco zero) quanto à transmissão do vírus, mesmo
que uma das pessoas seja portadora do HIV. O mesmo se pode dizer de apertos
de mão e abraços.
|
MANEIRAS
DE IDENTIFICAR A CONTAMINAÇÃO, CONTÁGIO OU INFECÇÃO
|
No caso de o parceiro ou parceira seja comprovadamente
portador (a) de algumas destas doenças e a prática de sexo tenha sido
realizada sem a utilização de preservativos. Em uma segunda hipótese, por
sinais e sintomas sistêmicos e/ou locais que caracterizam o quadro clínico de
DST/AIDS, lembrando que na mulher diversas DST’s podem se apresentar de
maneira assintomática durante período variável de tempo. A presença de
ulcerações em órgãos genitais, em áreas anais ou bucais, corrimentos vaginais
ou uretrais, linfoadenopatias inguinais, pruridos em áreas genitais ou anais,
dores pélvicas, crescimento verrucosos em áreas anais, genitais e bucais e
lesões dermatológicas são algumas formas de manifestações clínicas e devem
constituir focos de suspeita de doenças sexualmente transmissíveis (DST’s),
exigindo um pronto atendimento médico e investigação quanto à infecção pelo
HIV - as doenças sexualmente transmissíveis, especialmente aquelas que
produzem ulcerações, são facilitadoras de transmissão do vírus da AIDS.
|
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE O
BEIJO
|
ALGUMAS
PRECAUÇÕES
|
Um beijo apaixonado pode significar
a aplicação de uma pressão de 12 Kg sobre os lábios.
|
Feridas nos lábios, mau hálito,
dentes mal cuidados e sangramento gengival (gengivite) são indicativos de
maus cuidados com a higiene bucal.
|
Uma pessoa troca em média, 24 mil
beijos ao longo de toda a sua vida, desde os maternais até os apaixonados.
|
Um beijo mais ardente pode provocar
sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus
HIV, se o sangue entrar em contato com a lesão bucal.
|
Para beijar o ser humano movimenta
29 músculos (12 dos lábios e 17 da língua).
|
Também, antes e após o beijo, além
dessa escovação, usar um anti-séptico bucal, para que se diminuam as chances
de transmissão de algum tipo de doença.
|
Quando beijam, 97% das mulheres
fecham os olhos. Apenas 30% dos homens fazem o mesmo.
|
É
necessário realizar uma boa higiene bucal diariamente e sempre após as
refeições. Usar fio dental, escovar os dentes e usar um anti-séptico bucal
|
Em cada beijo os apaixonados trocam
9 mg de água, 0,7g de albumina, 0,18 g de substâncias orgânicas, 0711 mg de
gorduras e 0,45mg de sais.
|
Muitas
outras doenças podem ser transmitidas pela saliva, e neste caso falar, tossir
ou espirrar a menos de 1 metro do indivíduo já pode ser perigoso. Rubéola,
sarampo, caxumba e catapora são alguns exemplos destas doenças.
|
Cerca de 250 vírus e bactérias
diferentes podem ser transmitidos em apenas um beijo.
|
Existem outras
maneiras bem prosaicas de se contrair e de transmitir doenças: o hábito de
assoprar os alimentos quentes para dar as crianças; oferecer um pouco da sua
bebida para outra pessoa; o hábito de oferecer uma mordida num sanduíche ou
outro alimento qualquer; oferecer um pedaço do seu picolé; etc
|
Quando se beija alguém, resíduos de
sua saliva permanecem em sua boca por três dias.
|
Sempre usar preservativos no sexo vaginal, oral e anal
para evitar a transmissão, contágio ou infecção de doenças. O uso de preservativos é de importância fundamental, tanto para as
práticas genitais, anais ou buco-genito-anais. Na felação, o uso da camisinha
é indispensável, bem como nas práticas de cunilinguismo ou anulinguismo, o
uso de proteção com látex sobre a genitália feminina ou sobre o ânus
masculino ou feminino é a forma de preservativo a ser utilizado.
|

Fonte: Conexão Lia Nagel; Ministério da Saúde, Google, Terra
Nenhum comentário:
Postar um comentário