
Homem adulto
Alguns autores classificam o homem adulto a partir dos 22 até os 60 anos.
As doenças masculinas são inúmeras e não se restringem apenas ao câncer de próstata. Muito mais comum é a hiperplasia benigna da próstata (HBP).
Após os 40 anos é normal a próstata aumentar de tamanho o que pode comprimir a uretra, que passa por dentro da próstata, causando dificuldades para urinar. Controlar o seu tamanho é fundamental. A infertilidade e as disfunções eréteis também começam a ser percebidas nessa faixa de idade. Outro problema é o calculo renal, muito mais comum nos homens que nas mulheres.
No Brasil é preciso alertar para outro problema: o câncer de pênis. A doença causada por falta de higiene e DSTs tem índices elevados nas regiões Norte e Nordeste.
Quais são as principais doenças urológicas que podem acometer os homens adultos?
Uma infinidade de doenças urológicas pode acometer o homem adulto. Essas doenças podem ser benignas ou malignas (câncer). Dentre as doenças benignas, podemos ressaltar as doenças sexualmente transmissíveis, infertilidade, disfunções sexuais, prostatite, litíase urinária (cálculos ou pedras) e hiperplasia de próstata. As doenças malignas são sempre importantes e podemos listar câncer de próstata, câncer de bexiga, câncer de rim, câncer de testículo e, no Brasil, o câncer de pênis.
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Quais cuidados preventivos o homem adulto deve tomar para não desenvolver esses problemas?
Cada uma das doenças citadas acima tem características específicas e nem todas são passíveis de prevenção. Algumas medidas de ordem geral podem ser recomendadas para um estilo saudável de vida.
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Fala-se muito do câncer de próstata e pouco da HBP. é possível prevenir a HBP? Ela pode trazer consequências se não for tratada?
Hiperplasia benigna de próstata (HBP) é uma doença que acomete praticamente todos os homens a partir de uma determinada idade. O processo se inicia da 3a a 4adé cada de vida e, com o aumento progressivo do volume da glândula, sintomas urinários podem aparecer, já que a próstata se situa em torno da uretra. Não há maneira de prevenir este aumento, exceto com a supressão do hormônio masculino testosterona. Como a supressão deste hormônio pode trazer consequências adversas, este não é um tratamento utilizado. A indicação de tratamento depende do quanto o paciente é incomodado pelos sintomas urinários. Nos pacientes com incômodo significativo, medicações que inibem a ação da testosterona na próstata podem interromper o crescimento prostático e mesmo diminuir o tamanho da glândula. Uma vantagem adicional deste tratamento é que a probabilidade de desenvolvimento de câncer de próstata também é diminuída. As consequências da HBP progressiva não tratada são piora dos sintomas miccionais, infecção urinária, formação de cálculos vesicais, piora da função renal e retenção urinária.
O cálculo renal atinge mais homens que mulheres. Por quê? É possível prevení-lo? Quais seriam seus tratamentos?
Apesar de cálculos urinários afetarem mais homens que mulheres, observa-se uma tendência de aumento nos casos em mulheres. Os cálculos são formados devido ao aumento da concentração de certas substâncias na urina. Uma medida básica e genérica de prevenção é o aumento da ingestão de líquidos, o que tende a diluir a urina e diminuir as concentrações destas substâncias. Os cálculos mais frequentemente encontrados são formados por cálcio, e uma dieta com pouco sal e pouca proteína diminui a excreção urinária de cálcio, o que também constitui uma medida preventiva. Dieta pobre em proteína também diminui a excreção de ácido úrico na urina, uma causa também importante de cálculos. Para se realizar um tratamento adequado, deve-se fazer uma avaliação metabólica para identificar a anormalidade que leva à formação dos cálculos. Tratamentos específicos direcionados à anormalidade identificada diminuem a chance de se apresentar novos episódios de cálculos.
O cálculo renal se desenvolve mais em qual faixa etária?
A faixa etária mais atingida por cálculos renais é aquela da 4a a 6a décadas de vida.
Muitos homens tem disfunção erétil, mas preferem não acreditar. Quais são os primeiros sinais de que ele precisa procurar um médico?
Por constrangimento, embaraço ou preconceito, muitos homens com disfunção erétil relutam em procurar assistência. Felizmente, este estado de coisas parece estar mudando. Com a veiculação de informações pela imprensa leiga e maior conhecimento por parte do paciente, verifica-se uma saudável tendência a discutir problemas sexuais abertamente com o médico. O especialista mais preparado para isso é o urologista. Disfunção erétil aumenta progressivamente com a idade, tanto pelo próprio processo de senilidade como pelo aparecimento concomitante de outras doenças que afetam a ereção. Diabete melito, hipertensão arterial, doenças neurológicas, dislipidemias e doenças cardiovasculares são exemplos de doenças comuns do idoso que afetam também sua capacidade erétil. Muitos destes fatores são componentes da chamada síndrome metabólica, que constitui fator de risco importante para doença cardiovascular. Além disso, alguns medicamentos utilizados para essas doenças também afetam a ereção. Sintomas de disfunção erétil, como dificuldade de obter ou manter a ereção, podem por sua vez representar manifestações iniciais de doenças sistêmicas, especialmente cardiovasculares. Pacientes com estes sintomas devem ser rastreados para doenças cardiovasculares. Portanto, o aparecimento de qualquer sintoma relacionado à função sexual deve levar o paciente a procurar o urologista.
Quais são as consequências da auto-medicação para disfunção erétil?
Atualmente, dispõe-se de uma gama eficaz de medicações para melhorar a qualidade da ereção. Tais medicações são muitas vezes utilizadas sem o devido acompanhamento médico. Eventualmente, a causa da disfunção erétil pode ser identificada e tratamento específico pode ser instituído. Como citado anteriormente, sintomas de dificuldade erétil podem ser manifestações iniciais de doenças sistêmicas sé ias. Sendo assim, deve-se investigar a presença destas doenças antes de se iniciar tratamento.
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Ejaculação precoce pode ser primária (aquela que ocorre desde o início da vida sexual) ou secundária (aquela que inicia após um período de função ejaculatória normal). Os casos de ejaculação precoce secundária são frequentemente manifestação inicial de disfunção erétil. O manejo, portanto, consiste na identificação e tratamento da causa do problema de ereção. O urologista é o especialista indicado para promover a investigação e indicar o tratamento apropriado.
Fonte: Sociedade Brasileira de Urologia
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